Transferências em segundos para qualquer banco? É isso que o PIX promete

Por Redação

Será que o novo sistema de transferências do Banco Central facilitará a vida dos brasileiros? Entenda como ele vai funcionar

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Fazer transferências para contas de outros bancos não é muito prático: além de ter que coletar todos os dados do destinatário, você ainda deve estar dentro do horário de operações do banco e fica na mão em feriados e finais de semana. A nova aposta do Banco Central, o PIX, promete mudar esse cenário.

Com previsão de estar plenamente ativo em 16 de novembro, o serviço possibilitará transferências em segundos para qualquer instituição, durante todos as horas e dias da semana.

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Quer entender melhor como vai funcionar esse novo recurso? Continue a leitura.

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O que é o PIX?

O Pix é um novo meio de pagamentos lançado pelo Banco Central. O objetivo do serviço é facilitar transferências entre pessoas, empresas e instituições: diferentemente de DOCs e TEDs, será possível transferir quantias pelo PIX em tempo real, mesmo para contas de outros bancos.

O meio de pagamento vai funcionar 24 horas por dia, 7 dias da semana – mesmo em feriados nacionais e finais de semana.

Essa transferência em segundos é possível porque o PIX não terá intermediação de terceiros. Ou seja: o dinheiro sai de uma conta e vai diretamente para a conta de destino.

Com o PIX será possível enviar e receber quantias instantaneamente a partir de diversos meios, inclusive aplicativos em smartphones, a qualquer hora do dia e da noite”, afirma Carlos Eduardo Brandt, chefe adjunto no Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC.

Mas e as taxas do PIX?

Já que a data de lançamento do PIX ainda está longe (16 de novembro), alguns detalhes ainda não foram revelados. Um deles são as tarifas das transações. Se você espera que o serviço seja gratuito, é melhor diminuir as expectativas.

O diretor de Negócios e Operações da FEBRABAN explica que “os provedores de serviços de pagamento estão trabalhando com o Banco Central para que as transações tenham o menor custo possível para o consumidor”.

No entanto, a instituição ressalta que cada instituição será responsável por definir suas tarifas. Ou seja: a tarifa do PIX deve variar de acordo com o banco ou instituição financeira.

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O PIX estará em todos os bancos?

Todas as instituições financeiras e de pagamentos com pelo menos 500 mil contas ativas são obrigadas a aderir ao PIX. De acordo com Pinho de Melo, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC, isso representa cerca de 30 instituições financeiras e de pagamentos. Elas são responsáveis por mais de 90% das contas transacionais do país.

Esses bancos serão obrigados a colocar o PIX como uma das opções para a transferência, além do TED e do DOC. As demais instituições poderão aderir de forma facultativa – mesmo se não tiverem o status de instituição de pagamentos, como acontece com a maioria das fintechs.

Quais mudanças chegam com o PIX?

Se você já fez transferências para outros bancos, deve estar familiarizado com a trama. Quando escolhe um TED, o dinheiro é creditado na conta de destino até as 17h daquele dia. Se a transferência for feita depois desse horário, o valor só aparece na conta do beneficiado no próximo dia.

O DOC também tem algumas complicações: o valor transferido só é efetivado no dia útil seguinte, mas pode levar mais de um dia se a transferência for feita após as 22h. Além disso, DOC e TED não operam em finais de semana ou feriados nacionais, o que pode atrasar bastante o recebimento do dinheiro.

O PIX pretende mudar esse cenário. O serviço vai permitir transações diretas 24 horas por dia, 7 dias da semana, porque as operações serão feitas em segundos. O tempo gasto será parecido com transferências entre contas de mesmo banco.

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Como fazer transações com o PIX?

Para usar o PIX, quem paga e recebe precisa ter conta em um banco, uma instituição financeira ou em uma fintech. A conta não precisa ser da categoria corrente: ela pode ser de pagamento ou poupança.

As transações do PIX poderão ser feitas de duas maneiras:

  • Forma tradicional: inserindo informações pessoais como número de celular, e-mail, CPF ou CNPJ.
  • QR Code: o Banco Central estabeleceu dois tipos de QR Code, que você entende a seguir.

Com QR Code estático

Esse tipo pode ser usado em várias transações e permite a definição de um valor fixo por um produto ou a inserção de um outro valor pelo pagador. O BC diz que um exemplo de uso do QR Code estático é entre duas pessoas.

Com QR Code dinâmico

Diferentemente do estático, o dinâmico é de uso exclusivo para cada transação. Ele permite a inserção de informações adicionais e serve para pagar compras no mercado ou em um restaurante, por exemplo.

Os detalhes de geração do QR Code ainda não foram definidos.

De acordo com o Banco Central, as transações podem ser feitas:

  • Entre pessoas e estabelecimentos comerciais;
  • Entre pessoas;
  • Entre estabelecimentos;
  • Para entes governamentais – no caso de impostos e taxas.