Finanças comportamentais: o que é e como aplicar no dia a dia

Por Redação

finanças comportamentais

Vamos, aqui, tentar ordenar de maneira clara a ideia das finanças comportamentais para que você saiba, de uma vez por todas, como uma área de estudo pode tirar conclusões de suas atitudes financeiras.

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Finanças comportamentais: entenda o que é

As conversas de bar podem, às vezes, se tornar desconfortáveis quando há um assunto na roda sobre o qual você não tem informação alguma. E finanças comportamentais segue a mesma lógica.

Até porque, é uma área de estudo relativamente nova, e envolve algumas grandes áreas do conhecimento. Apesar disso, é de grande valia se inteirar sobre o assunto e pode ser que você compreenda melhor algumas de suas atitudes financeiras e tenha um poder de análise mais objetivo sobre aquilo que move suas decisões.

O que é?

Finanças comportamentais uma área de estudos da Economia que visa entender as decisões que as pessoas tomam no âmbito financeiro, a partir da própria estrutura do comportamento humano, das suas motivações e, de modo geral, da Psicologia.

Ao longo do tempo, foi-se percebendo que o comportamento dos investidores não era de todo racional. Inclusive, se dava de maneira completamente irracional e podia ser induzido ou influenciado pura e simplesmente por lógicas cognitivas e emocionais que não se encaixam no padrão racional que se tinha até então.

Quando estudos de base psicológica chegaram às ciências econômicas foi que se começou a perceber que havia tomadas de decisão contraditórias e, inclusive, que funcionavam como autossabotagem.

Está tudo muito abstrato para você? Vamos falar de situações hipotéticas para dar mais concretude à nossa apresentação.

Considere que você vá a uma sorveteria depois do almoço e vá comprar uma sobremesa. É um momento de relaxamento e descanso. Você compra o sorvete que custou R$10 reais e, depois de já ter pago, quando está saindo na rua, o derruba acabando assim com sua sobremesa.

É muito provável que você não vá comprar outro porque considera que havia direcionado aquela quantia específica àquele momento, aquele sorvete te custaria o dobro do que havia planejado gastar, naquele momento.

Agora, considere a situação de que você, antes de chegar na sorveteria, você tenha R$20 reais na carteira e, por acaso perca R$10. Mesmo assim, é provável que você ainda chegue na sorveteria e gaste os outros R$10 no sorvete porque não imputaria a perda no gasto que havia planejado ter com o sorvete.

Esse tipo de lógica cognitiva que as finanças comportamentais procuram sistematizar e estudar.

Teóricos:  Paul Slovic, Daniel Kahneman e Amos Tversky

Os teóricos que deram início a essa maneira de olhar para o pensamento econômico são Paul Slovic, Daniel Kahneman e Amos Tversky, quando surgiu esta ciência, lá em meados de 1970.

A principal linha dos estudiosos da economia era a Teoria da Utilidade Pública. Para tal, os investidores tinham atitudes de acordo com o conceito de Homo economicus: aquele que toma a decisão o faz de maneira racional e conhece todas as possibilidades e resultados de seu lance. Desta maneira, age simplesmente em razão do ganho que terá a partir dessa perspectiva racional da economia.

Daniel Kahneman e Amos Tversky veem nisso um problema, pois, de acordo com suas análises, nem todo mundo agia de acordo com esse pressuposto. Ou seja, não era sempre que se tomava atitudes de maneira racional, pensando de maneira realista na perda ou ganho.

O que eles perceberam, a partir disso, foi que, quando alguém estava diante de um cenário de ganhos, ele tinha mais aversão ao risco de perda, ao passo que, quando se encontrava num cenário de perda, a tendência era arriscar mais, ou seja, a tendência era de perda.

Já Paul contribuiu substancialmente para esta maneira de pensar. Ele, atualmente é professor de psicologia na Universidade de Oregon e presidente das pesquisas em tomadas de decisão.

 Padrão quádruplo

Aqui é possível encontrar um sistema estabelecido pela teoria do prospecto acumulativo que faz jus a tudo o que ela vinha estabelecendo até então, e funciona como referência de análise nos padrões de comportamento em determinados cenários.

GANHOS

  1. propensão ao risco em baixa probabilidade de ganho: Por exemplo, há a possibilidade de 10% na hora de fechar um contrato de R$15 mil, na esperança de grande ganho, arrisca-se tudo e rejeita-se contrato desfavorável.
  2. aversão ao risco em alta probabilidade de ganhos: Imagine que há 90% de chance de fechar um contrato de R$15mil. O medo da decepção pode fazer com que você aceite contratos desfavoráveis, ou seja, tenha mais cautela.

PERDAS

  1. aversão ao risco em baixa probabilidade de perda: Considere que há 10% de possibilidade de perder um contrato de R$15mil, o medo da grande perda faz com que você seja cauteloso e inclusive aceite contratos desfavoráveis.
  2. propensão ao risco diante de alta probabilidade de perdas: Agora, imagine que há 90% de possibilidade de que você perca um contrato de R$15 mil, a tendência é você arriscar tudo e rejeitar contratos desfavoráveis, ou seja, menos cautela e aposta tudo. .

Falácia do planejamento

A Falácia do Planejamento (Planning Fallacy, em Inglês) é a tendência a subestimar o tempo, o esforço e os potenciais obstáculos necessários para a realização de algo. Ele minimiza tanto a possibilidade de ocorrerem imprevistos quanto a própria dificuldade de concretização da tarefa, acreditando que ela é mais fácil do que de fato é.

Entender este conceito pode ajudar você a ter mais firmeza na hora de traçar uma meta, desenvolver um trabalho e, até mesmo, investir.

A verdade é que, qualquer que seja o padrão ou tendência utilizado na organização de sua vida financeira, o iq é o lugar ideal para se informar sobre o assunto.