As dívidas deram um salto maior do que previsto, fazendo com que as contas saíssem do controle? Ou surgiu um imprevisto e você precisa recorrer a outras formas de contornar o problema de forma rápida?
Saiba que essas situações são mais comuns do que você imagina.
Por isso, o mercado financeiro oferece diversas opções de crédito aos consumidores que se veem em situações semelhantes, um desses meios que você talvez já tenha ouvido falar é o cheque especial.
O cheque especial é uma modalidade conhecida como crédito automático que fica disponível ao consumidor para ser usada em situações de emergência, em casos de imprevisto ou para cobrir uma necessidade pontual.
Descubra o que é o cheque especial e como funciona antes de utilizá-lo.
O que é e como funciona o cheque especial?
Basicamente, o cheque especial é um sistema de crédito automático, pré-aprovado, que bancos disponibilizam aos clientes para situações de emergência em que não há saldo disponível no devido momento de realizar um pagamento.
O crédito fica disponível na conta corrente do cliente e é indicado para imprevistos que possam surgir.
Assim, quando o saldo não é suficiente pagar uma conta, o cheque especial pode ser usado para cobrir essa despesa.
Se o cliente tem contas programadas no débito automático, como parcelas mensais do cartão de crédito ou algo semelhante, e o saldo em conta não é suficiente para pagar o valor total do cartão, pode usar esse limite para pagar a conta.
Também pode ser utilizado para cobrir um cheque ou mesmo para saques.
Pagamentos
O cliente poderá pagar o valor por meio do cheque especial diretamente em sua conta. O pagamento é referente ao valor cedido somado aos juros cobrados pela utilização do cheque.
A taxa varia de banco para banco e pode ser descontada automaticamente da conta-corrente do cliente.
Taxas
Além dos juros, pode haver cobrança de outras taxas pelo serviço oferecido, que também variam dependendo do banco.
As taxas são cobradas pelo serviço prestado e também são como uma garantia do banco, já que o limite disponível no cheque especial é oferecido sem pedir garantia, ou seja, as taxas são cobradas pela praticidade e agilidade em uma situação de emergência e, por isso, são mais altas do que em empréstimos tradicionais.
Novas regras
O Banco Central impôs aos bancos uma redução dos custos em relação ao cheque especial, que era em média de 12,4% ao mês e, a partir de janeiro de 2020, o cheque especial não deverá ter custos maiores que 8% ao mês.
Além disso, outra mudança também foi autorizada: agora os bancos podem cobrar dos clientes uma taxa para ter disponível um limite de cheque especial. A cobrança máxima é de 0,25% sobre o limite de crédito que for maior que R$ 500.
Esta mudança, contudo, afetará quem tiver o serviço com data de autorização a partir janeiro.
Para quem tiver contratos ativos anterior ao decreto a mudança entrará em vigor a partir de 1º de junho e o cliente deverá ser avisado com antecedência de 30 dias.
O fato é que, mesmo que o cliente não utilizar o limite disponível, deverá pagar pelo serviço. O cliente que tiver limite de cheque especial de até R$ 500 disponível e não o utilizar, não pagará nenhuma taxa.
No entanto, se o valor disponível pelo cheque for acima disso o cliente paga os 0,25% sobre o valor excedente, mesmo sem usar.
Qual a diferença entre cheque especial e crédito pessoal?
Embora tenham certa semelhança e sejam estabelecidos como tipos de empréstimos, o cheque especial e o crédito pessoal apresentam diferenças entre si.
Ambos entram no segmento de empréstimo porque são um limite de valor que bancos e instituições financeiras liberam para clientes.
E devem ser pagos dentro de um prazo, sendo o cliente taxado pelo serviço de empréstimo.
No entanto, as diferenças são em relação ao modo de contrato, como funcionam e as taxas de juros.
O cheque especial é um crédito automático pré-aprovado e deve ser usado quando o gasto é maior que o saldo em conta. Dessa forma o banco libera o valor excedente da dívida como um empréstimo.
Já o crédito pessoal é um tipo de empréstimo que necessita ser contratado pelo cliente, passando por uma análise de perfil, valor, prazo e taxas para que seja aprovado.
Uma grande diferença está nas taxas de juros cobradas por ambos os serviços de empréstimo. Geralmente, a taxa cobrada no crédito pessoal é mais baixa do que a do cheque especial.
Isso porque, para usar o cheque, não é necessária nenhuma garantia de pagamento e o crédito é pré-aprovado, o que difere do crédito especial, que passa por uma análise mais rigorosa e pode não ser aprovado.
Outro ponto importante de ser ressaltado é que quanto mais tempo o cliente ficar com o cheque especial sendo utilizado, maiores serão as taxas cobradas, o que não acontece com relação ao crédito especial, já que é possível saber quanto irá pagar mensalmente e a taxa de juros gerada sobre as parcelas pode ser fixada.
Quando usar cheque especial?
É fato que contratar um empréstimo é aconselhável apenas em casos específicos, mas e quanto ao cheque especial especificamente? Quando usar?
Se o contrato do empréstimo pessoal, por exemplo, é aconselhável apenas em certas situações, com o cheque especial esse cuidado deve dobrar.
A recomendação é que o uso seja mesmo apenas para emergências, como no caso de as despesas do cartão de crédito terem sido maiores que o previsto e o saldo em conta não for suficiente para cobri-las.
É importante, porém, utilizá-lo em poucos dias, ou seja, se você está prestes a receber o valor que poderá cobrir a conta, mas ainda não chegou o dia do pagamento e a conta já venceu, então poderá usar o cheque especial sabendo que irá cobrir o valor o quanto antes, logo que receber.
Retorne o valor o mais rápido possível para evitar os juros altos.
Vale a pena também procurar saber do seu banco se há um prazo estipulado para não ocorrer a cobrança dos juros dentro de alguns dias, pois, nesse caso, você poderá se organizar para quitar a quantia emprestada antes de vencer o prazo e não pagar nada além do valor utilizado.
Embora haja a opção de utilizar o cheque especial, o ideal é que o consumidor se organize e tenha uma reserva para situações emergenciais e, dessa forma, não precise pagar as altas taxas do mercado de crédito.
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