Previdência Privada, vale a pena?

Por Redação

Previdência Privada, vale a pena?

Com as reformulações na legislação da previdência pública, a previdência privada vem se tornando mais popular e comum entre os brasileiros. Depender do INSS e da aposentaria por tempo de serviço pode ser um erro, e por isso mais e mais pessoas buscam por alternativas.

Diferença entre previdência pública e privada

Todo brasileiro registrado em carteira, bem como aqueles que contribuem por conta própria para o INSS, tem direito à aposentadoria. Por idade ou tempo de serviço, o valor de aposentadoria é resultado de uma série de cálculos.
A aposentadoria pública possui, exceto para estatutários e funcionários públicos, um teto máximo de renda mensal – hoje de R$ 5.531,31. Isso implica que nenhum aposentado brasileiro pelo INSS recebe, em termos brutos, valor maior que esse teto.
O comum, no entanto, é que se receba valores bastante abaixo desse montante. O cálculo dos benefícios da previdência pelo INSS leva em conta uma média dos rendimentos por ano, mais alguns índices de ponderação. Além disso, mesmo com tempo suficiente de contribuição, há hoje uma idade mínima de 55 anos para homens e 53 anos para mulheres para requerer o benefício. Em 2036, a idade mínima para as mulheres passará a ser 62 anos. Dois anos depois, em 2038, a idade dos homens mudará para 65.
Todos esses fatores vêm ajudando a tornar planos de previdência privada mais populares. A previdência privada funciona de forma similar a um seguro. Aportes são realizados pelo futuro beneficiário em base mensal e geridos por uma administradora ou seguradora. No ato do resgate, o investidor tem direito a um valor acumulado com alguma correção, a depender do contrato.
O valor de uma previdência privada ou complementar geralmente pode ser resgatado integralmente ou em parcelas, de forma semelhante a uma renda, como ocorre com o benefício do INSS.

Para que serve uma previdência privada?

Conhecida como complementar, a previdência privada garante que, mediante o pagamento de prestações regulares, o beneficiário possa acessar uma renda fixa ou montante ao resgatar o valor investido, anos ou mesmo décadas depois.
Taxas de administração e gestão do capital investido são cobradas e o “fundo” formado por diversas previdências é gerido por uma instituição financeira ou seguradora. As regras da previdência complementar são estipuladas no Brasil pela SUSEP, entidade pública que regular e fiscaliza a atividade de seguros.
A vantagem principal de um plano de previdência privada (se do tipo PGBL) é a possibilidade de abater o valor aplicado do imposto de renda, o IR, caso o valor não supere até 12% de sua renda anual.
Para quem possui renda mais alta, isso pode ser um benefício extra, mesmo considerando que a maioria dos planos de previdência perde, em termos de rendimento, para opções de médio e longo prazo em renda fixa, como o Tesouro Direto ou mesmo CDBs.
Para pessoas que optam pela declaração de renda simplificada, a previdência privada do tipo VGBL é mais vantajosa. Na VGBL, muitas vezes empresas arcam com parte das parcelas a pagar, cabendo a empregados apenas um pagamento parcial do plano. Além disso, o imposto de renda incide apenas sobre o rendimento, diferentemente do PGBL, cuja incidência é sobre todo montante.

Vale a pena investir?

Alguns planos de previdência privada ou complementar, especialmente quando oferecidos por corretoras, oferecem bons rendimentos. Embora esse patamar raramente supere índices como a Selic ou a Taxa de DI ao ano, há possibilidades de abater valores no IR.
Além disso, em tais fundos não há incidênca de come-cotas, o que se torna uma vantagem em relação aos fundos de investimentos de outros tipos. Outra vantagem são alguns benefícios na hora do resgate. Alguns tipos de previdência permitem, por exemplo, que herdeiros acessem o capital com rapidez, no caso de falecimento do titular do plano complementar.
Sendo assim, vale a pena investir. Ao compararmos com a tradicional poupança, planos de previdência em geral possuem melhores condições, melhor rendimento e em alguns casos a adesão ainda proporciona vantagens a correntistas, no caso de alguns bancos.