Passo a passo de como minerar Bitcoin

Por Redação IQ 360

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Para muitos, uma nova forma de ocupação tornou-se o principal negócio: minerar Bitcoin. Entretanto, para a maioria das pessoas o conceito ainda parece um tanto misterioso. O fato é que, antes de tudo, a palavra “mineração” é apenas uma tradução do “mining” em inglês – que faz bem mais sentido no idioma original.

Antes de entender mais sobre a mineração de Bitcoin, é preciso dar uma recapitulada no próprio conceito por detrás dessa moeda virtual.

Introdução ao Bitcoin

O Bitcoin é uma moeda. Entretanto, ao contrário do real, do dólar ou do euro, trata-se de uma moeda virtual. Em outras palavras, seu valor e correspondência somente existem digitalmente. É impossível “imprimir” Bitcoins ou recebê-los de forma física.

De um ponto de vista prático, basta imaginar os Bitcoins de forma semelhante a milhagens de um programa de fidelidade. Esses pontos existem dentro de um sistema e são associados ao seu perfil e login, porém não é possível usá-los fisicamente falando.

Entretanto, ao contrário desses pontos, o Bitcoin, como qualquer moeda normal, possui limites de “emissão”. O número total de Bitcoins que podem ser criados é de 21 milhões. Nem mais, nem menos.

Para criar um Bitcoin, empresta-se a capacidade de processamento de diversos computadores ao redor da internet mundial. Esses computadores realizam operações e cálculos sofisticadíssimos e, após certo tempo, “ganham” um Bitcoin. Quanto mais potente o computador, mais rapidamente ele será capaz de realizar cálculos e, assim, poderá emitir mais Bitcoins.

Esse processo de criação de Bitcoins por meio do uso da capacidade de processadores é conhecido como “mineração”.

E, do mesmo modo que ocorre no mercado cambial comum, o Bitcoin possui uma cotação. Essa cotação aponta o valor corrente do Bitcoin em relação ao dólar. Essa cotação varia conforme a oferta e procura de Bitcoins e outros fatores que levem investidores e ampliar suas carteiras, de modo similar ao que ocorre no mercado de ações e em bolsas.

Por que minerar Bitcoin?

A resposta é bastante simples: para ganhar dinheiro. Na versão complicada, porém, o conceito de mineração passa ser algo mais compreensível.

A mineração acompanha a humanidade desde seu início. Utilizamos tecnologia para extrair do solo rochas específicas, metais e até mesmo metais e pedras preciosos. Após extrair um mineral em bruto, temos de tratá-lo, até chegar na substância comercializável.

O mesmo ocorre com o Bitcoin. Primeiro, é preciso que haja algumas especificidades técnicas nos computadores que irão minerar os dados que geram os blocos que contêm a moeda virtual. Com tudo em ordem, é preciso criar rotinas e processos para que, após algum tempo depurando códigos e realizando cálculos, o minerador seja finalmente “premiado” com um bloco contendo um certo número de Bitcoin.

A mineração do Bitcoin explica porque a moeda é hoje tão cara. Como ocorre na mineração de rochas e solos, quanto mais difícil a obtenção e mais rara a substância a ser minerada, maior seu valor de mercado. Isso explica porque alguns gramas de diamante conseguem valer mais do que diversas toneladas de ferro ou bauxita.

Para conseguir uma tonelada de minério de ferro, máquinas efetuam a mineração de uma jazida por não mais do que alguns minutos equivalente. Para conseguir uma tonelada de diamante seria preciso minerar uma região por décadas.

A mineração de Bitcoin é feita por computadores, mas os custos dessa atividade são físicos: energia e o próprio hardware envolvido, que tem de possuir enorme capacidade de processamento.

Como minerar Bitcoin, passo a passo

Para entrar no mercado de mineração de moedas virtuais (porque não apenas o Bitcoin, mas outras criptomoedas são geradas desse modo), é preciso cumprir alguns passos essenciais.

  1. Antes de mais nada, é preciso adquirir cartões para inserção em computadores e hardware específico. No início, CPUs normais podiam minerar dados para conseguir Bitcoins, mas isso hoje não é possível sem determinados tipos de equipamentos, que custam milhares de dólares.
  2. Depois, é preciso abrir uma carteira virtual de Bitcoins. Quando minerados, esses Bitcoin precisam ser armazenados em uma carteira digital e criptografados para proteger os valores.
  3. Quanto mais protegidas essas carteiras, melhor. O minerador precisa usar não um, mas vários sistemas de autenticação e defesa para suas carteiras.
  4. Associe-se, se necessário, a desenvolvedores ou pessoas que já efetuaram a mineração de criptomoedas com sucesso. Há grupos específicos para mineração colaborativa em comunidades de programadores e desenvolvedores.
  5. Baixe um ou mais programas de mineração, geralmente gratuitos e de código aberto, como o Cgminer ou o EasyMiner.
  6. Instale e configure o programa e inicie a mineração, aprendendo a avaliar ritmo, resultados e desempenho. Lembre-se de que o computador, em todas as suas atividades restantes, ficará mais lento pela capacidade de processamento usada na mineração.
  7. Controle a temperatura e o gasto de energia. A temperatura alta dos processadores, saturados pela grande atividade da mineração, podem reduzir a vida útil dos computadores. Como são máquinas caras, o prejuízo é imenso. O mesmo ocorre com a energia, que gasta ainda mais rapidamente com o sobreaquecimento.
  8. Verifique a rentabilidade. É preciso auferir lucros, mas descontando todos os custos de montagem e manutenção dos aparelhos, gastos com energia e refrigeração, eventuais gastos com assistência técnica ou serviços auxiliares.