Como o Bitcoin pode revolucionar o mercado financeiro

Por Redação IQ 360

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Essa pergunta aparece na cabeça de muitos. A verdade é que ele já está revolucionando o mercado financeiro e de câmbio no mundo inteiro, mas é preciso voltar um pouco no tempo.

Quase vinte anos atrás, quando a internet ainda engatinhava em relação ao chamado Big Data, algumas startups levantaram bilhões de dólares em fundos para desenvolver moedas digitais. Essas primeiras “aventuras” produziram moedas que mais lembravam programas de pontuação e prêmios, como o “Smiles”, do que moedas de fato.

Entre 2000 e 2001, o mercado de internet explodiu. Uma bolha insustentável foi abaixo, com startups e empresas que, em tese, valiam muito mais do que deveriam. Isso porque as limitações da tecnologia da época não permitiram que muitas das promessas fossem cumpridas. Mas isso mudou.

A tecnologia de hoje criou um mercado de câmbio de criptomoedas que não apenas cumpre prerrogativas existentes no mercado cambial normal, mas avança além.

Introdução ao Bitcoin

O Bitcoin é uma moeda. Entretanto, ao contrário do real, do dólar ou do euro, trata-se de uma moeda virtual. Em outras palavras, seu valor e correspondência somente existem digitalmente. É impossível “imprimir” Bitcoins ou recebê-los de forma física.

De um ponto de vista prático, basta imaginar os Bitcoins de forma semelhante a milhagens de um programa de fidelidade. Esses pontos existem dentro de um sistema e são associados ao seu perfil e login, porém não é possível usá-los fisicamente falando.

Entretanto, ao contrário desses pontos, o Bitcoin, como qualquer moeda normal, possui limites de “emissão”. O número total de Bitcoins que podem ser criados é de 21 milhões. Nem mais, nem menos.

Para criar um Bitcoin, empresta-se a capacidade de processamento de diversos computadores ao redor da internet mundial. Esses computadores realizam operações e cálculos sofisticadíssimos e, após certo tempo, “ganham” um Bitcoin. Quanto mais potente o computador, mais rapidamente ele será capaz de realizar cálculos e, assim, poderá emitir mais Bitcoins.

Esse processo de criação de Bitcoins por meio do uso da capacidade de processadores é conhecido como “mineração”.

E, do mesmo modo que ocorre no mercado cambial comum, o Bitcoin possui uma cotação. Essa cotação aponta o valor corrente do Bitcoin em relação ao dólar. Essa cotação varia conforme a oferta e procura de Bitcoins e outros fatores que levem investidores e ampliar suas carteiras, de modo similar ao que ocorre no mercado de ações e em bolsas.

Por que o Bitcoin pode revolucionar a economia mundial?

Mais do que produzir alguns bilionários aqui e ali e fazer a alegria dos nerds que acreditaram na economia digital, a verdade é que o Bitcoin é muito mais do que uma simples moeda para o segmento financeiro.

Mais importante do que a moeda em si é a tecnologia de blockchain. Suas possibilidades em termos de segurança e autenticação vão muito além de tudo que atualmente é usado na segurança bancária.

Plataformas e sistemas de biometria. É possível autenticar usuários a partir de seu próprio comportamento e transações na internet, de forma segura e anônima, sem sistemas invasivos que exijam a gravação e leitura de digitais, íris e até, como foi visto recentemente, inclusão de chips sob a pele.

As criptomoedas, em termos de montantes envolvidos, já representam um mercado considerável, mas ínfimo diante do volume de dinheiro movimentado no mundo. A grande possibilidade é que essas moedas sejam, em algum momento, absorvidas por grandes financeiras. Da união entre a nova e a velha economia deverá surgir um mercado financeiro mais seguro, com maiores opções e uma revisão dos sistemas cambiais hoje em atividade, que basicamente não trazem qualquer inovação em relação aos mercados que foram abaixo nos anos 1970.