Pic Itaú: o que você precisa saber sobre esse título de capitalização

Por Redação

Pic Itaú

Economizar dinheiro é uma forma de pensar no futuro. Diante dessa escolha, quem deseja poupar pode encontrar algumas opções de aplicações financeiras que chamam atenção, entre elas estão os títulos de capitalização.

Em novembro de 2019, dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) evidenciaram aplicações em títulos de capitalização no valor de R$ 21,8 bilhões, sendo que em 2018, no mesmo período, o valor foi de R$ 19,43 bilhões. O crescimento foi de 12,3%. O Pic Itaú é um título de capitalização, mas será que compensa? Descubra como funciona.

O que é título de capitalização?

Regularizado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), título de capitalização é um processo de acúmulo de dinheiro, como uma forma de economizar guardando uma quantia estipulada todo mês.

Nesse processo, o banco desconta mensalmente uma determinada quantia da conta do(a) cliente e compra o título. Dentro desse período em que o título está em vigência, o(a) cliente tem direito a participar de sorteios e prêmios. Logo que a vigência do título terminar, o(a) cliente retira o dinheiro poupado.

Os banco fornecem, divulgam e distribuem os títulos de capitalização, que são diversos, mas os planos mais comuns são conhecidos como PM e PU. PM é quando os pagamentos são mensais e sucessivos, enquanto no plano PU o pagamento é único, ou seja, realizado uma única vez.

Há alguns títulos que possuem prazo de carência, dentro desse período, portanto, o capital fica indisponível ao titular, mas se o resgate for solicitado dentro desse prazo ou se o título for cancelado, o(a) titular só recebe (resgata) o dinheiro após o prazo de carência terminar.

Os casos de resgate antecipado podem acontecer, no entanto, haverá uma penalidade de até 10% do capital constituído, mesmo se o título permitir o Resgate parcial.

Pic Itaú: como funciona esse título de capitalização?

O PIC Itaú é um título de capitalização do banco Itaú. É um tipo de produto onde o cliente concorre a sorteios e prêmios em dinheiro dentro de um período. São dois tipos de títulos de capitalização que o banco Itaú disponibiliza, cada um possui sua forma de pagamento e características.

Os títulos do banco Itaú são o PIC e o Super PIC. Com o PIC, os pagamentos são mensais e o(a) cliente passa a concorrer aos sorteios, que são semanais. Com o Super PIC, o pagamento é único e os sorteios são quinzenais e especiais, durante 48 meses.

Pode contratar o PIC Itaú quem tem conta corrente no banco, tanto com o modelo tradicional, como nos modelos Uniclass e Personnalité. O Super PIC está disponível apenas para quem tem conta corrente Uniclass.

O PIC Itaú conta com 4 modalidades para quem possui conta corrente no banco:

  • PIC 30: pagamento mensal de R$ 30, com sorteios quinzenais, mensais e especiais podendo chegar a R$ 1,2 milhões;
  • PIC 50: pagamento mensal de R$ 50, com sorteios quinzenais, mensais e especiais podendo chegar a R$ 2 milhões;
  • PIC 70: pagamento mensal de R$ 70, com sorteios quinzenais, mensais e especiais podendo chegar R$ 2,8 milhões;
  • PIC 90: pagamento mensal de R$ 90, com sorteios quinzenais mensais e especiais podendo chegar a R$ 3,6 milhões.

Para participar dos sorteios, é preciso que o pagamento dos títulos esteja em dia. Os pagamentos são realizados em débito automático, havendo saldo em conta LIS.

Os sorteios são realizados de acordo com cada título e o cliente passa a participar assim que o primeiro pagamento for realizado. Caso seja sorteado, o cliente será avisado por telefone e o crédito entra automaticamente na conta em até 7 dias úteis.

Em relação ao resgate, o PIC Itaú tem carência de 12 meses após a contratação e durante esse período não é possível resgatar. Resgates realizados antes de 48 meses de vigência preveem valor parcial. Ao resgatar, o título é cancelado e o(a) cliente deixa de participar dos sorteios.

Pic Itaú: título de capitalização vale a pena?

A questão é que muitos investidores afirmam que título de capitalização não é um investimento, como também afirma o economista brasileiro, e autor de vários títulos sobre finanças, Samy Dana em texto escrito para a revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, em 2017.

No texto, o economista ainda afirma que a matemática só funciona para um dos lados: o dos bancos, e que aplicar em títulos de capitalização é como guardar dinheiro embaixo de colchão, onde é possível ver o dinheiro poupado enquanto perde o poder de compra.

Ele também chama a atenção para as possibilidades de ser sorteado, quando diz que as chances de isso acontecer são remotas, como quando um título tem 700 mil cotistas e as chances de ser sorteado é de uma em 700 mil.

Para que você entenda melhor, elencamos alguns casos de desvantagens desse tipo de negócio. Confira:

  • o capital formado é inferior em comparação com a poupança, já que a poupança gera rendimento mensal com o montante aplicado;
  • os valores de depósitos são pré-definidos, obrigando o depósito daquele valor específico dentro do período determinado;
  • há taxa de penalidade para eventuais necessidades de resgates antes do prazo estipulado.
  • a rentabilidade é muito baixa ou quase nada, correndo o risco de resgatar o mesmo valor aplicado e até mesmo menos que isso, já que há o custo das cotas de sorteio e de carregamento;
  • não tem liquidez, já que não é possível resgatar o dinheiro antes do prazo estipulado e quando é possível há perdas significativas;
  • o dinheiro fica parado durante todo o tempo de vigência do título, enquanto em um investimento poderia estar gerando lucro.

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