Quanto custa morar na Argentina definitivamente

Por Redação IQ 360

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A Argentina é um dos destinos turísticos mais procurados pelos brasileiros. Alguns se encantam tanto que decidem se mudar de vez para o país vizinho. Uma boa parte desses interessados ainda está na faculdade e aproveita que existe a possibilidade de ingressar nas universidades públicas de lá – ou mesmo nas particulares, porque os preços são muito mais atrativos do que nas instituições brasileiras – para ficarem alguns anos no país.
Mas será que vale a pena, no final das contas?

Custo de vida na Argentina

Se o seu critério é a qualidade do ensino, a resposta é sim. Porém, tenha em vista que os custos com a moradia e a alimentação (em restaurantes e nas compras em supermercados) serão bem mais altos do que no Brasil. Isso vale também para quem decidiu imigrar definitivamente. Se você está construindo uma carreira ou já se aposentou, leve em consideração esse fator.
Talvez um dos aspectos econômicos do orçamento mensal dos moradores em que a Argentina sai ganhando é a tarifa do transporte público. Mesmo na capital Buenos Aires, que é muito bem servida de metrô e ônibus, o preço é bem abaixo do que vemos nas capitais brasileiras. Os táxis também são mais em conta por lá e é provável que você não precise recorrer ao Uber com tanta frequência como ocorre no Brasil.
A maioria dos brasileiros que mora na Argentina alerta que os gastos no final do mês podem inclusive superar os de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Isso porque o país vizinho tem uma variação de inflação bastante alta, com desvalorização constante do peso, a moeda local, frente ao dólar. A economia é bem instável e as crises políticas são frequentes. Os próprios argentinos desconfiam das políticas dos governos e têm o hábito de estocar dólares em casa. Até muito recentemente, a maioria dos estabelecimentos aceitava pagamento com a moeda norte-americana.
Sendo assim, a estimativa é que o custo de vida de uma pessoa solteira gire em torno de R$ 1.800 a R$ 3.600. Uma família com até dois filhos consegue viver com R$ 4.500, sem muitas opções de lazer ou supérfluos. Levando em consideração que a Argentina oferece uma gama muito grande e interessante de opções culturais e de bons restaurantes, o ideal é ter uma renda maior para poder aproveitar tudo isso.

Imigrando para a Argentina

Para imigrar, o processo é bastante burocrático. Mesmo fazendo parte do Mercosul, ao contrário do Uruguai, a Argentina fornece um documento provisório de até dois anos que permite trabalhar e viver no país. Depois disso, será necessário solicitar o visto permanente e recomeçar o processo. É o chamado DNI (Documento Nacional de Identidade) provisório e o definitivo.
Todos os documentos emitidos no Brasil devem ser validados no Ministério das Relações Exteriores. Depois, será necessário levar o processo e a solicitação ao Consulado Geral da Argentina, onde os postulantes farão uma entrevista e darão sequência ao pedido de visto.
Importante lembrar, no entanto, que para visitar o país é apenas necessário o nosso RG, desde que esteja me bom estado e que tenha sido emitido nos últimos 10 anos. Documentos com mais de 10 anos da emissão não são aceitos.
Ao entrar na Argentina, o turista brasileiro está liberado para permanecer por até 90 dias naquele país, sem precisar retirar um visto oficial no Brasil. Talvez esse período seja suficiente para avaliar em detalhes se a imigração vale mesmo a pena.