Financiamento estudantil: o que é e principais programas

Por Redação

Financiamento estudantil vale a pena? Conseguir um emprego hoje é muito mais difícil do que alguns anos atrás e, por isso, cada vez mais candidatos fazem o Exame Nacional do Ensino Médio e demais vestibulares à procura de mais qualificação para seus currículos. Entretanto, nem todos são aprovados em instituições de ensino federais e estaduais.

O custo das faculdades privadas é alto e, para arcar com eles, uma das possibilidades é o financiamento estudantil. Entenda como ele funciona, quais modalidades estão disponíveis e se esses financiamentos valem a pena!

O que é financiamento estudantil?

O financiamento estudantil é uma modalidade de empréstimo em que uma instituição garantidora de crédito (como um banco ou um departamento governamental) custeia a universidade de um aluno e parcela o valor em instâncias menores e com um prazo maior.

A ideia é garantir que o aluno possa usar a sua formação para pagar aquilo que deve. Muito comum em países como os Estados Unidos, o financiamento estudantil se popularizou no Brasil com o surgimento do FIES, e hoje existem diversas modalidades para o aluno escolher a que melhor lhe atende.

5 formas de financiamento estudantil

No Brasil, os alunos que não cursarão universidades públicas e não têm dinheiro para pagar as mensalidades das faculdades particulares têm várias opções para financiar seus estudos. Confira, nos tópicos abaixo, como cada uma delas funciona.

1. FIES (Fundo de Financiamento Estudantil)

O FIES é o programa de financiamento estudantil mais popular no país e mais facilmente reconhecido. Criado pelo MEC, ele financia os estudos daqueles alunos aprovados e que não podem pagar uma faculdade particular, desde que eles estejam matriculados em cursos avaliados positivamente pelo Ministério da Educação.

Para participar, é preciso ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e obtido nota mínima de 450 pontos, sem zerar a redação. Há, ainda, outras regras que fazem com que o FIES filtre aqueles candidatos que realmente precisam de ajuda para financiar os estudos, como a limitação da renda familiar do estudante. Não é possível se valer do benefício se a sua família ganha mais de três salários mínimos por mês.

Aqueles aprovados pelo FIES, porém, ganham muitas vantagens em relação a outros tipos de financiamento estudantil. A taxa de juros praticada pelo governo (6%) é mais baixa que a praticada por outros financiamentos, e a única taxa que o aluno paga são R$50 a cada três meses para amortizar os juros.

Para participar, fique atento às datas de inscrição utilizando o site do FIES e mantenha seus documentos em dia. Pela página, você fará o cadastro e upload de todas essas informações e no site sairão os nomes dos candidatos aprovados para o financiamento.

2. Bolsa Universidade

Se você mora em São Paulo, mas não pode participar do FIES ou não conseguiu ser aprovado no programa (que tem uma quantidade limitada de vagas), o Bolsa Universidade pode ser o programa certo para ajudá-lo a financiar os estudos. Criado pelo governo estadual, ele oferece bolsas de estudo integrais para alunos em instituições privadas, 50% custeadas pelo governo e 50% custeadas pela universidade que oferece o custo.

Em vez de financiar os valores, o bolsista troca horas de trabalho no programa Escola da Família, aos finais de semana, pelo pagamento dos seus estudos. O programa é muito interessante, mas também tem critérios aos quais você deve estar atento se quiser participar.

O primeiro deles é que você não pode ter nenhuma outra graduação. Alunos que já contam com um diploma e já passaram pela universidade no passado não podem se inscrever. As inscrições são feitas no site oficial do programa, e é lá também que você poderá consultar os resultados e ver se foi aprovado.

3. Financiamento privado

Não são só programas do governo que querem ajudar você a financiar a sua faculdade com tranquilidade. Muitas instituições privadas contam com parcerias com bancos ou redes de financiamento próprio para ajudar os alunos a arcarem com os custos de sua formação. Essas modalidades de financiamento diferem completamente dos programas que citamos acima e podem ter juros, taxas e prazos completamente distintos.

Se você foi aprovado em uma instituição privada, mas não sabe como vai pagar pela faculdade, procure o departamento financeiro dela. Eles poderão lhe indicar a melhor opção para o seu bolso.

Mas fique atento: esses financiamentos não são subsidiados pelo governo e custarão mais caro do que programas como o FIES.

4. Parcelamento Estudantil Privado (PEP)

O Parcelamento Estudantil Privado é um tipo de financiamento com diversas modalidades. As instituições de ensino que aceitam esse pagamento geralmente disponibilizam para os estudantes o PEP 25, PEP 30 e PEP 50.

Em cada um deles o aluno financia uma parcela dos seus estudos e arca, do próprio bolso, com o valor restante (mais ou menos como quando você dá entrada em uma casa ou carro).

No PEP 30 é feito o financiamento de 70% do valor, já no PEP 50 o aluno custeia metade da mensalidade. Os valores restantes são pagos apenas quando ele se formar. Gostou da ideia? Acesse o site para conhecer mais detalhes.

5. PraValer

O PraValer é outra modalidade de financiamento estudantil disponível em mais de 300 instituições em todo o país. Ele funciona semestralmente, o que significa que, ao final de cada período, você terá que ser aprovado novamente. A inscrição é feita pelo site, e os alunos precisam oferecer um garantidor (parente ou amigo com renda superior a um salário mínimo por mês e nome limpo no SPC/Serasa).

Todas as mensalidades são pagas pelo fundo e o aluno só começa a quitar a sua dívida seis meses depois. Quem paga em dia as mensalidades do financiamento não tem problemas para renová-lo e pode concluir a universidade utilizando o programa em todos os semestres.

Financiamento estudantil: vale a pena?

Embora o financiamento estudantil pareça uma opção atraente, é preciso fazer bem as contas antes de se matricular na faculdade utilizando qualquer uma das modalidades mencionadas aqui. Todas essas formas de financiamento são empréstimos, ou seja, estão sujeitas a taxas que encarecem o custo total da faculdade.

Se você tem algum dinheiro guardado ou planeja estudar e trabalhar, coloque na ponta do lápis quanto o financiamento estudantil vai custar para você nos próximos anos e compare com, por exemplo, as bolsas oferecidas pela maioria das universidades particulares.

Sair da faculdade endividado não é o objetivo de ninguém, por isso, fique bem atento para o custo total do seu empréstimo, os prazos para começar a pagar e não feche nenhum contrato antes de pensar bem nas consequências.