Crédito rotativo: entenda o que é e como funciona

Por Redação

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O cartão de crédito hoje faz parte da vida de muitas pessoas, pois auxilia a equilibrar as contas, planejar compras e fazer pagamentos. Porém, em algumas situações, fica difícil pagar todas as dívidas no prazo que desejamos. Quando acontece de algum saldo ficar na fatura sem ser pago, a pessoa entra no crédito rotativo.

Muitos consideram o rotativo do cartão de crédito como um perigo para as finanças pessoais. Mas é algo tão sério assim? Como funciona este tipo de crédito e quais alternativas que ele oferece? Explicaremos tudo isto e mais neste  artigo. Acompanhe!

 

O que é crédito rotativo??

 

O crédito rotativo é acionado quando o consumidor não paga o valor integral da fatura do cartão de crédito. Com isso, o valor restante se converte em um empréstimo ao cliente que receberá na fatura do próximo mês, o saldo somado de encargos como juros, multa e juros de mora.

Esta situação é muito conhecida por clientes que optam por pagar a parcela mínima oferecida em fatura. O valor mínimo de fatura é definido pela instituição que oferece o cartão e deve ser informado ao cliente.

Porém o crédito rotativo não é acionado somente neste caso. Ao se pagar qualquer valor que não seja o total da fatura, o crédito rotativo aparecerá na conta do cartão no mês seguinte.

 

Como funcionam os juros?

Os juros para o crédito rotativo são aplicados quando fica um saldo devedor de uma fatura para a outra. O valor dos juros cobrados pelo rotativo é estabelecido pela instituição financeira que oferece o cartão de crédito. Uma dica para o consumidor é: sempre fique de olho na taxa cobrada, pois existe uma grande variedade de valores nas taxas no mercado.

Os valores podem mudar conforme os diferentes tipos de pacote que são oferecidos pelo cartão. Porém, é importante destacar que esta é uma das cobranças de taxa mais altas que existe junto com a do cheque especial. Para se ter uma ideia, a taxa de juros média calculada pelo Banco Central (BC) em outubro foi de 307,8% ao ano (referência 2019).

O saldo devedor só pode ser mantido em crédito rotativo por um mês (30 dias), de acordo com a Resolução 4.549 do BC. Isto faz com que a aplicação de juros do cartão seja feita somente em cima do valor para o mês subsequente, respeitando a taxa acordada entre as partes. A partir daí, em caso de não pagamento, outras taxas menores devem ser aplicadas e ofertas de pagamento parcelado podem ser oferecidas. Veremos a seguir:

Parcelamento compulsório

O parcelamento compulsório só acontece nos casos em que o cliente já está no rotativo. A fatura recebida terá o valor do saldo que é somada dos encargos e do valor das novas compras. Porém, a fatura também terá um valor mínimo de pagamento, composta pelos saldos anteriores do rotativo, mais o pagamento mínimo para os novos gastos do novo mês.

No caso do cliente não ter condições de pagar, nem com o valor total nem com o mínimo, o banco pode oferecer uma opção de parcelamento desta dívida. O parcelamento, de acordo com o Banco Central, deve oferecer melhores condições de pagamento com taxas menores do que o rotativo. Assim, já se pode saber o valor a ser pago e por quanto tempo.

Dessa forma, chegamos ao parcelamento compulsório. É quando o cliente opta por fazer um pagamento do cartão com um valor diferente dos planos de parcelamento disponíveis. Ao se realizar um pagamento de valor, o dinheiro que entra e o saldo restante serão divididos pelo maior tempo possível estabelecido em contrato.

É preciso salientar que não pagar a fatura ou não pagar a menor parcela de plano, deixa o cliente em situação de inadimplência. Por esta razão, é preciso verificar as regras do cartão nestes casos.

Vale a pena?

Tal como adiantamos, muitas pessoas acham o crédito rotativo um perigo. Recentemente o Banco Central adotou medidas que só valem por um mês, justamente para que os clientes não desenvolvam dívidas maiores. É preciso ter em mente que, ao entrar nesta modalidade de crédito, a dívida passa a ser financiada pela instituição. Somado aos juros, existem outros encargos como os prazos que devem ser sempre lembrados:

  • Taxas: Além dos juros cobrados, incide sobre o rotativo, o juros de mora de 1% ao mês e uma multa de 2% (paga uma vez).

 

  • Prazos: Os prazos variam, mas, como vimos, uma mesma dívida só pode ficar um mês taxada pelo rotativo, depois ela deve ter outro tipo de cobrança. Para o parcelamento da dívida ou parcelamento compulsório, os planos de pagamento oferecidos podem variar conforme o contrato e o valor devido.

Visto tudo isto, podemos dizer que é sempre melhor pagar o valor total da fatura a fim de evitar a entrada no crédito rotativo. Na impossibilidade de pagar o valor total, pague sempre o máximo possível, para evitar mais gastos com os juros que são altos. De qualquer forma, sempre verifique quais são as taxas praticadas pela instituição emissora do cartão de crédito. Procure traçar um plano para quitar as dívidas, caso elas tenham se acumulado.

Aprender como organizar-se financeiramente é um passo fundamental para não se endividar. Ter os gastos anotados em uma plataforma online, por exemplo, é ideal para não gastar mais dinheiro. E para você conseguir isto o IQ lhe ajuda com a organização das contas e sobrar mais tempo para planejar o seu futuro!